O programa tem atividades de ensino a distancia?
São vários os cursos administrados à distância pelos orientadores da pós-graduação: a) O Prof. Ronaldo Laranjeira, em conjunto com o Centro de Informática da UNIFESP, sob coordenação do Prof. Daniel Sigulem, desenvolveu um programa de aprendizado à distância para Tratamento de Dependências Químicas, com resultados extremamente positivos; b) A Profa. Afiliada Denise Martin vem desenvolvendo pesquisas na interface entre a Antropologia e a Saúde Mental. Os temas abordados são: o Transtorno de Stress Pós Traumático, a violência doméstica contra crianças e adolescentes, a depressão entre mulheres e os transtornos mentais graves. A análise articula a pesquisa etnográfica com os referenciais teóricos das ciências humanas (especialmente a Antropologia) buscando compreender como se elaboram culturalmente as classificações sociais relacionadas aos transtornos mentais. Tal abordagem pretende contribuir para estabelecer uma interlocução entre a Antropologia e a Psiquiatria que possa colaborar para intervenções culturalmente mais adequadas. Todos os projetos desenvolvidos possuem financiamento de agências de fomento (FAPESP e CNPq edital Universal). c) O Programa de Orientação e Assistência Dependentes (PROAD), coordenado pelo Prof. Dartiu Xavier da Silveira Filho, disponibilizou através do site da UNIFESP um Guia Informativo sobre Drogas dirigido à população geral; d) O Centro de Treinamento para Língua Portuguesa do CIDI (instrumento padronizado de diagnóstico psiquiátrico), é coordenado pela Prof. Maria Inês Quintana, com a participação dos Profs. Miguel R. Jorge e Prof. Sérgio Baxter Andreoli. Este grupo oferece treinamento no nível nacional para as principais pesquisas epidemiológicas realizadas no país; e) O Prof. Jair Mari em conjunto com o Prof. Benedito Barraviera da Unesp, desenvolveram um Curso de Metodologia, que recebeu financiamento da Capes. O curso contou com cerca de 300 pesquisadores na área da saúde, matriculados oficialmente com créditos para o sistema da PG, e cerca de 2500 que acompanharam o curso como ouvintes. O curso foi extremamente elogiado pelos alunos, disseminando ensino de metodologia científica em áreas remotas e emergentes do país.
Em 2009 elaboramos versão a distância do curso de Aconselhamento em Dependência Química. Este curso realizado a distância tem o objetivo de proporcionar capacitação aos profissionais de todo Brasil, que atuam na área da Dependência Química. Conta com o apoio técnico do Laboratório de Educação a Distância do Departamento de Informática em Saúde da UNIFESP. Publico –alvo: Profissionais da área de saúde, que tenham 2º grau completo ou Curso superior, que tenham suas práticas relacionadas ao atendimento de álcool, drogas e tabaco; Estudantes de graduação da área da saúde; Agentes de saúde comunitários.
CURSO A DISTÂNCIA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Apesar do aumento da prevalência dos transtornos relacionados ao uso de álcool e outras drogas nas últimas duas décadas no Brasil, tanto o sistema de tratamento quanto o sistema de prevenção não estão preparados para enfrentar o desafio de criar uma política nessa área. Existem poucos centros científicos capazes de ajudar na implementação dessas políticas, o que acaba resultando em um grande amadorismo na execução do tratamento e nas políticas de prevenção, criando um grande desperdício de recursos.
Tendo em vista essa grande lacuna existente no Brasil e aproveitando a experiência em ensino adquirida ao longo dos últimos 16 anos, tanto nos cursos de especialização presenciais quanto, mais recentemente, nos cursos on-line, o INPAD/UNIAD, por meio de seu conselho científico, elaborou um programa de Mestrado Profissionalizante. Esse programa visa a formar alunos de todo o país, inclusive das regiões mais distantes e menos privilegiadas, utilizando para isso o recurso da Internet, ferramenta fundamental para ampliar o alcance de um curso com essas dimensões. Essa formação inclui a capacitação técnica para: 1) busca, por meio do conhecimento de metodologia científica, de novas evidências no sentido de evitar a cristalização de práticas clínicas obsoletas; 2) organização de serviços de assistência clínica ao dependente químico de acordo com o "estado atual da arte" em técnicas de tratamento da dependência química; 3) criação de lideranças locais capazes de influenciar as políticas relacionadas ao álcool e outras drogas.
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